Caros colegas, docentes e investigadores, estudantes e colaboradores da Universidade Católica Portuguesa,
No tempo luminoso do Natal, dirijo-me a toda a comunidade académica com profunda gratidão e apreço. Ao longo deste ano, o labor competente, rigoroso e dedicado de cada um tornou possível que a UCP continuasse a afirmar-se como um espaço de excelência, humanismo e responsabilidade social.
O reconhecimento internacional alcançado pelos nossos investigadores e docentes — com mais vinte por cento reconhecidos no top 2% dos cientistas mais influentes do mundo — é expressão objetiva dessa proficiência.
Agradeço, pois, a cada membro da nossa comunidade o seu contributo para o conhecimento, para a formação integral dos nossos estudantes e para o serviço ao bem comum.
Em 2025 aprofundámos também o compromisso da UCP com o impacto social e a sustentabilidade, materializado em iniciativas como a Semana da Sustentabilidade, que reforçou a consciência coletiva do papel transformador que a Universidade é chamada a desempenhar no país e no mundo.
Olhando para o futuro próximo, 2026 marcará um momento decisivo no caminho da Universidade, com o início da construção do novo Campus Veritati.
Este projeto abre novas possibilidades de crescimento e renovação, mas exige igualmente coragem para fazer diferente. A transformação curricular que estamos a lançar — UCP Nova Geração — convida-nos a pensar e agir de forma ousada, criativa e, por vezes, desafiante. Contamos com todos: com o compromisso dos docentes, com a competência dos colaboradores e, de modo muito especial, com a capacidade dos nossos estudantes de pensar para além das fronteiras disciplinares para se abrirem ao mundo com curiosidade e sentido crítico.
Vivemos, contudo, tempos globais marcados pela guerra, pela polarização e pela incerteza. Torna-se urgente promover a paz não apenas como ideal, mas como prática quotidiana: uma paz ativa, enfática, feita de gestos concretos de diálogo, compreensão e reconciliação. O consenso, longe de ser fraqueza, é — como tão bem nos lembra a tradição cristã — um ato de coragem.
A carta apostólica do Papa Leão XIV, Desenhar novos mapas de esperança, recorda-nos a responsabilidade de olhar a educação inspirada pelo humanismo católico como obra de comunhão entre professores e estudantes. Este é um processo de co-criação, porque ninguém educa, nem aprende, sozinho. O nosso modelo é o de uma educação intelectualmente rigorosa, moralmente responsável e profundamente humana. E olhando de forma crítica para o presente, a educação não existe fora do tempo real da vida comum. E neste nosso tempo, o Papa Leão convoca-nos a educar para uma “paz desarmada e desarmante”, livre de retóricas polarizantes e geradora de encontro.
Que este Natal seja, portanto, um Natal de paz — paz interior para cada membro da nossa comunidade, paz social para aqueles que enfrentam dificuldades económicas e humanas, e paz também para a nossa Universidade, para que continue a ser lugar de diálogo, de esperança e de construção de futuro.
Com estima profunda e votos de um Santo Natal e de um novo ano marcado pela luz, pela coragem e pela confiança,
A Reitora,
Isabel Capeloa Gil