Reitora incentiva estudantes da UCP a serem «protagonistas do futuro»

Terça-feira, Dezembro 16, 2025 - 12:14
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Diario do Minho

A reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP), Isabel Capeloa Gil, desafiou, ontem, os estudantes a serem «protagonistas nos grandes combates, nos grandes desafios que as sociedades e que Portugal enfrenta». Isabel Capeloa Gil falava na Aula Magna da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Católica Portuguesa (UCP), durante a tradicional Sessão Solene de Benção e Entrega de Diplomas.

Para Isabel Capeloa Gil os estudantes da UCP têm ainda a missão e a responsabilidade de «promover uma maior coesão social num momento de tanta polarização do mundo», em virtude da formação que receberam ao longo do seu percurso académico.

«Mais do que profissionais, nós formamos pessoas íntegras que defendem  os valores da dignidade humana e que colocam a pessoa no centro da sua ação, por isso têm uma responsabilidade maior, eu diria, de liderar nestes processos que são tão importantes para as nossas sociedades e para o nosso país», sustentou, em declarações aos jornalistas.

Também durante o seu discurso, a reitora inspirou-se nas palavras do Papa Francisco para incentivar os estudantes a serem protagonistas, «a assumirem as rédeas do futuro, a não serem jovens à janela, mas tomarem a dianteira e terem coragem». 

«Diria que é importante para todos nós vermos nesta plateia protagonistas de futuro, jovens que, ao espírito da Católica, vão certamente contribuir para gerar um mundo digno, onde todos tenham a capacidade de aspirar, porque vivemos num mundo pleno de desafios e o vosso protagonismo é crucial para que possamos melhorar a condição humana e do planeta», afirmou.

Acrescentando que «vivemos num tempo em que o protagonismo se confunde frequentemente com celebridade, com populismo ou mesmo com autoritarismo carismático», a reitora realçou que numa lógica institucional, pensa--se, frequentemente, que as universidades não se encontram nos ditos «clubes de protagonismo global, mas elas são essenciais para as sociedades.

«Os protagonistas são também outros, são aquelas pessoas que estão, na verdade, excluídas da sociedade, que são marcadas por aquilo que o Papa Francisco, e antes dele, o Papa Bento, chamavam de “globalização da indiferença” e que pedem insistentemente a mudança», declarou, sublinhando que «uma universidade católica, olha para todos estes tipos de protagonistas para formar aqueles que acredita que fazem verdadeiramente a diferença».

A reitora alertou ainda os jovens que «num tempo de explosão, de novos e contraditórios protagonistas, a universidade que os formou entende que este protagonismo significa reclamar o direito de fazer diferente, reclamar uma autonomia sem condições, significa encontrar uma proposta de valor que não decorra da reação às tendências ou às necessidades de curto prazo, mas que antecipe a transformação, que arrisque e que também saiba falhar, refazer e recomeçar».