O Arcebispo de Braga, lembrou, ontem, que normalmente uma universidade está aliada a uma cidade, «mas a Universidade Católica Portuguesa (UCP) está ligada a um país e até a um mundo mais universal». Defendeu, por isso, que a Católica «tem esta missão maior» de preparar não apenas para a competência da sua área específica, mas para formar para a universalidade, a partir da verdade, formando cidadãos integrais, prontos a exercer o seu papel na sociedade e no mundo.
Segundo D. José Cordeiro os diplomados da Católica, devem, por isso, ter um elemento diferenciador, que é a luz do Evangelho, o saber fazer bem.
«Que seja o vosso distintivo aqui ou em qualquer lugar do mundo onde vos encontreis porque este sentido universal, católico, que é a maior expressão, não é um sentido religioso sequer nem confecional», apelou.
Indo ao encontro desta ideia, também o pró-reitor da UCP - Braga, Paulo Dias, apelou aos jovens que ontem receberam os seus diplomas para que, a partir dos princípios que receberam na Católica, possam «ajudar a transformar a sociedade num espaço mais humano, mais solidário, mais justo e mais pacífico».
«Este diploma é, assim, a vossa licença para sonhar. Mas é também a vossa responsabilidade de fazer a diferença, de fazer melhor. Usem o que aprenderam para melhorar o mundo à vossa volta, na vossa comunidade, na vossa profissão, nas vossas famílias. Desafiem-nos também a melhorar. Desafiem as vossas comunidades a construir um mundo melhor», instou.
Salientou ainda que, naquela sessão de entrega de diplomas se celebravam os frutos do trabalho dos alunos e de toda uma comunidade educativa, dos pais e da UCP Braga e da sua busca constante por melhorar as condições de aprendizagem para os seus estudantes.
«Celebramos o trabalho dos professores, a sua investigação e ensinamento, que permitiram o sucesso das aprendizagens que hoje reconhecemos com estes diplomas», afirmou.
Acrescentou que se trata de «celebrar acima de tudo, a persistência, o esforço, a motivação e a aprendizagem dos estudantes, assim como o apoio, tantas vezes para além das suas possibilidades, das famílias, que abdicam, certamente, de muitos bens materiais mais imediatos, para cumprir os seus sonhos e o dos seus filhos e filhas», afirmou o pró-reitor.
Houve ainda oportunidade de ouvir a voz de uma diplomada, em representação dos cerca de 150 que receberam os seus diplomas na Aula Magna da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais.
Carla Coutinho, mestre em Ciências Sociais, afirmou, em nome dos restantes, que «em Braga, na Católica, vai sempre encontrar a sua “casa-mãe” para lhe dar força e lembrá-la da sua missão». «É um orgulho para nós dizer “Eu sou formado pela Universidade Católica”», afirmou, dirigindo-se aos restantes diplomados com votos de sucesso e vaticinando que se encontrarão «no grande palco da vida».