O avanço para um modelo de turismo sustentável é uma das apostas estratégicas da Comunidade Intermunicipal do Cávado. O projeto será desenvolvido pelo Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa e será integrado na Rede da Organização Mundial do Turismo. E vai funcionar em articulação com o Observatório que será lançado em 2022 pela Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal. O propósito é gerar sinergias que potenciem a atratividade do Cávado, que vai passar a ter uma marca comum para os concelhos de Braga, Amares, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde.
Joaquim Martins Fernandes
A medida é avançada na versão final do Plano Estratégico Cávado 2030, que a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado vai apresentar na próxima sexta-feira, dia 11 de junho. O documento faz saber que a «criação e implementação de um Núcleo de Turismo Sustentável para o Cávado» está entre as linhas estratégicas que visam «alcançar níveis mais avançados de organização da oferta turística e progredir na cadeia de valor do negócio turístico» e precisa que o projeto será da responsabilidade da «Universidade Católica de Braga , Centrop Regional de Braga», que desde há vários anos ministra uma licenciatura em Turismo.
«Esta Linha de Ação visa dotar a oferta turística do Cávado e as estratégias dos seus principais players de condições de avaliação e monotorização da procura que se manifesta na sub-região, sinalizando regularmente adaptações da oferta e apontando para fontes e caminhos de inovação nesse domínio», sublinha o documento. Acrescenta o Plano Estratégico que «a ação do Núcleo deverá articular-se com o Observatório do Turismo Sustentável que a Entidade Regional de Turismo Porto e Norte de Portugal pretende lançar em 2022, gerando sinergias e cruzamentos de informação e de análises que possam enriquecer-se mutuamente». A ligação à Porto e Norte visa «uma melhoria qualitativa da oferta turística na região» e compreende a «conceção, testes e implementação do sistema de informação de suporte» e o «estabelecimento de processos de cooperação» capazes de «reforçar a notoriedade da oferta turística do Cávado na marca Porto e Norte der Portugal e na promoção turística nacional».
Adequar oferta ao pós-pandemia É nesse quadro que a Comunidade Intermunicipal liderada por Braga se propõe avançar para a «criação de um suporte de imagem comum para o marketing e comunicação territorial de cada município, que enquadre do ponto de vista Cávado a oferta turística e os produtos turísticos municipais».
O Plano que vai define as prioridades estratégicas do Cávado para o período 2021-2027 está também apostado em «organizar a oferta turística em função da valia e diversidade dos ativos territoriais e das novas correntes de procura turística pós-pandemia».
Essa aposta é considerada «fundamental para que a atividade turística se constitua em fator de diferenciação competitiva do Cávado» e concorra para a «promoção da coesão territorial», mediante o alargamento «significativo» da competitividade dos seis concelhos da sub-região.