A Associação Empresarial de Braga, em parceria com a Universidade Católica Portuguesa - Braga, levou ontem um conjunto de operadores turísticos a visitar três fábricas para lhes mostrar as potencialidades que podem oferecer aos seus clientes.
O objetivo é apostar no denominado turismo industrial, um nicho de mercado que, nesta região, defende a AEB, está pouco explorado. "Nós temos explorado pouco esta dimensão turística dos nossos projetos industriais. De facto, o turismo industrial é um setor que está em amplo crescimento, e nós, na nossa região, temos a felicidade de ter um conjunto de projetos, uns de maior dimensão, outros de pequena dimensão, que têm este enorme potencial de se poder articular com o turismo e de proporcionarem experiências agradáveis de visita a quem vem à nossa região" - disse o diretor-geral da AEB aos jornalistas.
Segundo Rui Marques, o turismo é, atualmente, um dos principais setores da área económica e, muitas vezes, está muito orientado para o espaço público, para outro tipo de equipamentos que deixam pouco valor económico para a comunidade.
“Portanto, o nosso propósito é que possamos neste setor de atividade reter o maior valor económico possível para a nossa região, no sentido de criarmos mais empresas, mais emprego, mais riqueza e mais desenvolvimento para o território”, acrescentou. Para o diretor-geral da AEB, estas empresas que criam produtos, a maior parte deles com marca própria, únicos e quase exclusivos da nossa região, são uma mais-valia para o território, levam o nome de Braga para fora de portas e têm um potencial enorme de visitação.
Assim, ao longo da tarde de ontem, a AEB levou agentes turísticos, responsáveis de empresas de animação turística e alguns alunos da Universidade Católica - Braga a visitarem três empresas e, desta forma a conhecerem aquilo que fazem e aquilo que pode ser oferecido a turistas. “No fundo, este propósito é aproximar as empresas e dar a conhecer o que fazem, para que se possam estabelecer parcerias de forma a que estes projetos possam também ser utilizados na programação turística de Braga", sustenta Rui Marques.
Segundo o diretor-geral da AEB, "um dos calcanhares de Aquiles das cidades pequenas à escala internacional, como é o caso de Braga, é, às vezes, a falta de conteúdos turísticos para reter as pessoas durante mais tempo". "O turista cultural faz as visitas muito rápidas. Cada vez mais valoriza as experiências, e, sobretudo estas experiências sensoriais. Portanto, se conseguirmos adicionar este tipo de experiências, seja na fábrica que produz cervejas, seja na fábrica que constrói instrumentos musicais, seja na fábrica de perfumes, onde todas mostram os seus processos produtivos, os turistas também conseguem levar consigo a esta dimensão de experimentação", disse.