Dia Académico da UCP decorre hoje sob o tema “Inteligência Artificial: Passado, Presente e Futuro
O Arcebispo Metropolita de Braga interpelou hoje a Universidade Católica Portuguesa (UCP) a «dar o seu contributo para a reflexão sobre os temas impactantes da sociedade portuguesa de hoje». Durante a sessão solene do Dia Académico da UCP, que decorreu na Aula Magna António Freire, na Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais, D. José Cordeiro afirmou que «baseados na tradição, temos que procurar novas respostas e novas estratégias para os problemas com que nos deparamos e que tantas divisões estão a criar na sociedade».
O Dia Académico da UCP decorreu, este ano, sob o mote “Inteligência Artificial: Passado, Presente e Futuro” e uniu a comunidade académica numa jornada de celebração, que incluiu a atribuição de prémios aos melhores alunos e a homenagem aos colaboradores da instituição aposentados.
Dirigindo-se à comunidade académica D. José Cordeiro, mostrou o seu regozijo em participar deste momento de festa, sem, contudo, deixar de assinalar os desafios que se colocam à instituição na atualidade.
«Celebrar o Dia Académico em Braga é momento de alegria e de mostrar o corpo que somos. É também momento para projetar o futuro, fazendo memória agradecida do passado», afirmou, sublinhando que «os tempos atuais colocam muitos desafios à Igreja e à humanidade» e apontando a Inteligência Artificial como um desses desafios.
D. José Cordeiro apoiou-se na Constituição Apostólica Veritatis Gaudium do Papa Francisco, documento em que o Santo Padre defende que «uma universidade católica é convidada não só a oferecer lugares e percursos de formação qualificada aos presbíteros», mas deve ser «uma espécie de providencial laboratório cultural».
«A nova cultura digital situa-se no progresso da humanidade: na medicina, na salvaguarda da criação, na educação...todavia, as novas oportunidades são de uma enorme exigência de liberdade nas relações interpressoais e sociais», afirmou.
D. José Cordeiro deixou ainda uma mensagem sobre o cinquentenário do 25 de abril, que hoje acontece, renovando o apelo expresso no excerto da Nota Pastoral dos Bispos da Conferência Episcopal Portuguesa: «retomemos as intenções dos autores do 25 de Abril, no sentido da democratização do país, do fim da guerra e do desenvolvimento geral».
Terminou, vincando que «a UCP nasceu em Braga e aqui, além da Faculdade de Teologia e da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais, precisa de alargar mais e melhor os horizontes de esperança».
UCP de Braga anuncia estreitamento de relações com o tecido empresarial
O pró-reitor da UCP, João Duque, anunciou hoje que nos próximos anos, a UCP vai estreitar ainda mais os laços com o tecido empresarial da região, já que o leque de formação disponibilizado será alargado a áreas com uma relação mais direta com as empresas, designadamente a gestão. Segundo João Duque, o alargamento para estas áreas está apenas dependente do aval positivo da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior .
Segundo João Duque, nos últimos anos, a Católica tem vindo já a intensificar essa relação com o tecido económico e laboral, alargando também o seu universo de parceiros que inclui estruturas eclesiais, IPSS, Municípios e diversos outros organismos da região.
João Duque recordou que este ano se celebra também o 25.º aniversário do início formal do Centro Regional de Braga, embora a presença da UCP na região seja bem anterior, remontando há 77 anos atrás, quando a Companhia de Jesus iniciou em Braga uma Faculdade de Filosofia que viria, há 57 anos, a originar a UCP, com expansão nacional.
«Mas não deixa de ser uma data simbólica, pois celebra a conjugação das diversas ofertas já existentes com mais uma oferta em Ciências Sociais, numa estrutura única que trabalha para o mesmo fim», argumentou o pró-reitor.
João Duque aproveitou a ocasião para recordar alguns nomes que foram significativos no desenvolvimento da instituição, como Manuel Isidro Alves; Alfredo Dinis; Maria da Graça Alves, cónego Jorge Coutinho e cónego António de Oliveira Fernandes.