PRAZO DE CANDIDATURAS À LICENCIATURA ESTÁ A DECORRER

Estudar Turismo exige hoje muito mais do que aprender a planear viagens ou gerir destinos. A digitalização, as preocupações ambientais e a procura por experiências autênticas estão a redesenhar não só o setor, mas também o perfil dos seus profissionais. É neste contexto que a Universidade Católica Portuguesa (UCP) em Braga oferece uma Licenciatura que alia teoria, prática e ligação direta ao território. Em entrevista, a coordenadora do curso, Carla Pinto Cardoso, explica como esta formação prepara os estudantes para enfrentar os desafios de um setor em constante mudança.
Diário do Minho (DM) – Que tipo de formação oferece a Licenciatura em Turismo da UCP-Braga?
Carla Pinto Cardoso (CPC) – A Universidade Católica tem exata noção de que o turismo é um dos setores com maior impacto económico, social e cultural. Por isso, a nossa formação combina uma base teórica sólida com uma componente prática muito consistente. Os estudantes recebem uma formação atualizada e profundamente comprometida com os desafios e a evolução do setor. Oferecemos não apenas conhecimentos técnicos e competências, mas também um ambiente académico exigente, próximo e orientado para a construção de um percurso profissional com sentido e responsabilidade. É, por isso, a escolha certa para quem procura contribuir ativamente para o futuro do turismo.
DM – Em que é que se distingue a formação em Turismo da UCP?
CPC – Na proximidade entre alunos e docentes, que é uma caraterística muito própria do nosso trabalho na UCP. Trabalhamos com turmas pequenas, o que permite um acompanhamento personalizado e um ambiente de aprendizagem colaborativo. Na forte ligação ao mercado: os estudantes têm contacto direto com projetos reais, visitas técnicas, estágios (nacionais e internacionais) e beneficiam de parcerias da UCP com empresas e instituições de referência. O nosso corpo docente está altamente qualificado e tem uma forte componente prática, o que garante uma aprendizagem alinhada com as exigências do mundo profissional. Temos uma dimensão internacional de relevo, com oportunidades de mobilidade académica e colocação efetiva no mercado de trabalho.
DM – Que perspetivas de empregabilidade o curso oferece aos seus diplomados?
CPC – Os nossos diplomados trabalham em áreas como gestão de destinos e produtos turísticos, hotelaria, agências de viagens, animação turística, organização de eventos, turismo cultural, marketing, comunicação e consultoria. Esta licenciatura não se esgota na inserção no mercado de trabalho. A UCP disponibiliza um mestrado em Turismo com dois ramos de especialização: Gestão e Administração de Turismo e Turismo Cultural e Religioso. A formação de segundo ciclo permite desenvolver competências avançadas em áreas estratégicas e construir um percurso académico mais personalizado, em função dos interesses e objetivos de cada estudante.
DM – Como é que funciona a dimensão internacional da Licenciatura em Turismo?
CPC – A internacionalização é uma componente importante da licenciatura. Os estudantes participam em programas com universidades parceiras ao abrigo do programa Erasmus+, por exemplo. Têm também acesso a estágios internacionais, muitas vezes integrados em projetos com empresas e organizações do setor turístico. A dimensão internacional da licenciatura traduz-se ainda na visita de professores e especialistas estrangeiros que ao longo do ano são convidados para colaborar com a licenciatura.
Opinião
Turismo em transformação: uma escolha de futuro
Formação. O turismo está em plena transformação. A digitalização acelerada, a crescente valorização da sustentabilidade e a procura por experiências autênticas colocam novas exigências ao setor. Já não basta atrair visitantes. É necessário repensar impactos, respeitar territórios e formar profissionais com pensamento crítico, consciência ética e capacidade de inovar.
Cidades com forte dinamismo académico e cultural, como Braga, tornam-se espaços privilegiados para experimentar e compreender esta transformação. É precisamente no cruzamento entre conhecimento, território e propósito que o turismo contemporâneo encontra os seus maiores desafios e as suas maiores oportunidades.
Neste contexto, as Universidades assumem um papel estratégico. São elas que lideram a adaptação dos modelos pedagógicos, incorporando novos temas, métodos e abordagens capazes de responder à complexidade crescente do setor. A aprendizagem deixa de estar confinada à sala de aula e estende-se ao terreno, em projetos com impacto real nas comunidades e no setor.
Mais do que preparar para o mercado, formar em turismo é, hoje, contribuir para repensar o próprio setor. Que impacto queremos gerar? Que valores estamos dispostos a defender? A resposta exige visão, responsabilidade e vontade de fazer diferente.
Carla Pinto Cardoso, Coordenadora da Licenciatura em Turismo da UCP