
Um grupo de jovens alunas do ensino secundário, maioritariamente provenientes de escolas da cidade de Braga, participou ontem no Open Day de Serviço Social da Universidade Católica Portuguesa - Centro Regional de Braga, uma iniciativa promovida pela Comissão de Estudantes de Serviço Social, com o objetivo de dar a conhecer uma das licenciaturas mais antigas da instituição e o seu papel transformador na sociedade.
O programa, que abriu com a sessão de boas-vindas, inclui visitas guiadas aos dois pólos da Católica-Braga, sessões de esclarecimento sobre bolsas e apoios sociais, processos de candidatura e saídas profissionais, bem como a exibição de uma curta-documental do projecto “Ser Cuida(I)doso”, vencedor do Prémio Internacional Universidade 2024.
Houve ainda um momento de diálogo e networking na Unidade Móvel de Promoção de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa, com profissionais de diversas áreas de intervenção do Serviço Social. Para Letícia Vasconcelos, aluna do 12.º ano, esta experiência foi muito importante para discernir a sua vocação profissional. « Ainda não sei bem qual a área que quero seguir, mas esta visita ajudou-me a perceber melhor o curso e deixou-me interessada», disse ao Diário do Minho.
Também Lara Bonjardim, do 11.º ano, participou para esclarecer dúvidas, acompanhada por uma colega que tenciona seguir Engenharia. Beatriz Costa, uma das finalistas da licenciatura, partilhou a sua experiência com o grupo de alunos do ensino secundário, relevando que é uma «formação muito abrangente» e que proporciona estágio praticamente desde o início do curso.
«Desde o segundo ano tivemos contacto com o terreno. Esta relação entre teoria e prática é essencial no nosso curso. O estágio permite-nos compreender a realidade e saber como intervir com responsabilidade e empatia», afirmou.
A coordenadora da Licenciatura em Serviço Social, Catarina Vieira da Silva, destacou a importância deste curso que já é ministrado na Católica-Braga há 25 anos. “É uma licenciatura matricial e com uma identidade muito alinhada com os princípios da UCP. Tem um papel fundamental na transformação social. Trabalhar com populações vulneráveis, em contextos de exclusão, migração, envelhecimento ou pobreza, exige uma formação sólida, ética e prática — e é isso que oferecemos», disse.
A licenciatura, com a duração de três anos e meio, inclui cinco estágios curriculares e está actualmente a passar por um processo de reestruturação para melhor responder aos desafios sociais contemporâneos.
«A maioria dos nossos finalistas encontra emprego logo após a conclusão do curso», revelou.
Já Berta Rodrigues Maia, coordenadora da área científica de Psicologia, Serviço Social e Gerontologia Social, reforçou o carácter humanista e rigoroso desta formação, estruturada para responder às necessidades de Instituições de Solidariedade Social, ONG, instituições de saúde, serviços sociais dos municípios, da justiça e de empresas.
«Um assistente social formado pela nossa academia está habilitado a trabalhar com rigor e sentido ético, em prol das pessoas que mais precisam», assinalou.