UCP Braga lidera debate sobre Educação e Cultura de Paz no V Congresso Internacional de Pedagogia

Segunda-feira, Fevereiro 12, 2024 - 16:18

V Congresso Internacional de Pedagogia decorreu nos dias 18, 19 e 20 de janeiro, na Universidade Católica Portuguesa (UCP) - Braga, e debroçou-se sobre o tema "Educação e Cultura de Paz: Memória, Verdade e Perdão".
 

Diretor da FFCS no V Congresso da Pedagogia

Na cerimónia de abertura, o Diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FFCS) da UCP - Braga, José Manuel Lopes, enfatizou a importância da verdade na construção de uma cultura de paz e afirmou que "nunca se poderá construir uma cultura de paz sem verdade". Este, criticou também a atual tendência de "fobia à verdade", exemplificada pelo conceito de pós-verdade e assegurou que a verdade está em crise devido à crise da razão.

O Diretor da FFCS destacou, ainda, que é um equívoco tentar fazer crer que o respeito e a tolerância a todas as cosmovisões implicam renunciar à verdade e observou que, atualmente, a comunicação muitas vezes prioriza convencer em vez de informar, assemelhando-se aos sofistas da Grécia Antiga, cujo objetivo era "vencer" argumentativamente.

Quanto ao perdão, sublinhou que é uma ação ativa que requer memória, verdade e vontade de reconciliação para alcançar a paz, que deve estar enraizada na justiça. José Manuel Lopes ressaltou que sem verdade, memória e perdão, não pode haver uma educação transformadora que promova a dignidade humana e conduza a uma cultura de paz.

Laborinho Lúcio no V Congresso da Pedagogia

Laborinho Lúcio apontou o dedo ao "mito da igualdade na avaliação dos alunos" e defendeu, na sua intervenção, que "de uma vez por todas" é necessário "reconhecer que a igualdade na avaliação dos alunos numa escola pública de frequência universal e obrigatória é um mito". Este garantiu que "é um mito que tem de ser desfeito porque tem consequências absolutamente nefastas, quer no âmbito da pedagogia, quer da vida".

Uma das ideias fortes deixadas pelos diversos congressistas nacionais e internacionais, provenientes de diversas realidades, é que o ensino deve ser estruturado e pensado para a paz e respeito da dignidade da pessoa humana, independentemente da sua cor, religião ou posição social.