Os dias de hoje, como parecer que tem sido rotina neste novo milénio, têm sido marcados por desafios sociais evidentes, sejam sociais, políticas ou culturais. O acelerar das evoluções e revoluções tecnológicas introduz disrupção e mudança que exigem o tempo e o lugar para a sua discussão.
A universidade tem um papel privilegiado, enquanto lugar e são espaço de reflexão, de debate e de procura de respostas. Numa universidade como a nossa, a Universidade Católica Portuguesa, percebemos a nossa missão como instituição em saída, na busca e na construção de um mundo melhor. Inspirados pelo ano do Jubileu, afirmamos em cada dia o lugar do serviço à sociedade, aos estudantes e às suas famílias, às organizações e empresas, como à sociedade e à polis.
Num momento em que são notórios os sinais de isolamento social e de quebra de alguns laços, seja entre gerações como povos, importa promover a esperança, a confiança e os comportamentos que contribuem para o bem-comum. Importa voltar ao essencial, questionar o imediato e contribuir para uma sociedade mais justa e mais solidária, que cuida do planeta como cuida do outro.
Desde a sua fundação, as universidades mantinham esta vocação de encontro de associação ou relação entre mestres e estudantes que procuram a verdade. Apesar de todas as tribulações, a esperança continua a dar sentido à existência humana. As Universidades recebem estudantes num momento particularmente importante das suas vidas e, enquanto laboratórios de esperança, podem contribuir para que cada um encontre a sua vocação, o sentido verdadeiro para a sua vida. Em Braga, isso é promovido através de formações diversas, desde a Filosofia e os Estudos Portugueses, as Ciências de Dados Aplicada ou as Ciências da Comunicação, o Serviço Social e a Psicologia, ao Turismo e a Teologia. Para além da formação técnica, valorizamos a formação humana, o acompanhamento de cada estudante, para que possa contribuir com as suas capacidades, seja de leitura crítica do mundo como de liderança, para um mundo melhor.
Para isso, contamos com parceiros privilegiados. Um exemplo extraordinário é o Correio do Minho. Num momento em que precisamos de órgãos de comunicação social robustos, que procuram a verdade das coisas e contribuem para uma informação cuidada e rigorosa, celebramos os frutos do vosso trabalho, no respeito pelos direitos da pessoa humana e da democracia moderna. Que estes 99 anos de existência, sejam o mais belo pronúncio do tanto que podem dar nas próximas décadas de esperança e desenvolvimento comum.
Paulo Dias
Pró-Reitor da Universidade Católica Portuguesa - Braga