Colóquio ‘Património Mundial e a Paz’ e a assinatura de protocolos entre a Confraria do Bom Jesus do Monte e as universidades do Minho e Católica assinalaram quatro anos da inclusão do Bom Jesus na lista do Património da Humanidade da UNESCO.
“O Bom Jesus é um local que reúne tudo o que buscamos na complexidade da vida”. As palavras foram proferidas pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. José Cordeiro, no encerramento do colóquio ‘Património Mundial e a Paz’, que ontem assinalou os quatro anos da inserção do Bom Jesus na lista do Património Mundial da UNESCO.
D. José Cordeiro frisou ainda que o “o património está ao serviço da paz” e “quem procura o Bom Jesus torna-se uma pessoa diferente,”
O presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, cónego Mário Martins, explicou que o reconhecimento do Bom Jesus como património da humanidade “aumentou a nossa responsabilidade na salvaguarda e protecção e valorização do património” e impele a “uma intervenção cívica e social efectiva”.
O cónego Mário Martins destacou ainda que “o Bom Jesus promove o encontro e a comunhão. Recentrar a paz no mais íntimo do coração de cada um, torna-nos construtores da paz.
O presidente da Comissão Nacional da UNESCO, José Filipe Cabral deu conta de que o objectivo da UNESCO é construir e consolidar a paz alicerçada na solidariedade intelectual. José Filipe Cabral definiu o Bom Jesus como um “espaço de paz e de reflexão”.
Em representação do presidente da Câmara Municipal de Braga, a vereadora do Urbanismo, Olga Pereira, afirmou que “o património mundial diz-nos que é responsabilidade de todos estarmos comprometidos com a sua proteção”.
Um dos pontos altos do colóquio foi a assinatura de protocolos entre a Confraria do Bom Jesus do Monte e as universidades do Minho e Católica. “Estes protocolos mostram que o santuário do Bom Jesus está aberto à ciência, à investigação, ao conhecimento, âmbitos que devem estar sempre ao serviço da paz e de uma nova humanidade”, disse o cónego Mário Martins, presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte.
João Manuel Duque, do Núcleo Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa, realçou que acordos como o que foi assinado ontem “são fundamentais para o desenvolvimento das universidades”.
Em representação do Reitor da Universidade do Minho, Filomena Soares, vice-reitora para a Educação e Mobilidade, disse que “as universidades têm de estar de portas abertas à sociedade”, através do estabelecimento de protocolos.
As comemorações dos quatro anos de património da UNESCO incluíram o toque dos sinos da basílica ao meio-dia e um concerto do grupo vocal ‘Cupertinos’.