No passado dia 13 de janeiro, teve lugar no Teatro Circo de Braga um espetáculo perfomativo "Eu Vim Para Ver a Terra: viagens com Maria Ondina Braga", comemorativo do Centenário do Nascimento da escritora Maria Ondina Braga (1922-2022).
Através do diálogo entre a palavra de Maria Ondina Braga e os sons do piano de Luís Pipa, da harpa chinesa (guzheng) e da pi’pa de Lu Yanan, as atmosferas luminosas de Mariana Figueroa e as imagens criadas em tempo real pelo artista plástico João Alexandrino (JAS), propôs-se que o espetador viajasse por geografias, culturas, ambientes, emoções e sons, acompanhando o percurso da escritora pelo mundo. Destacou-se a estreia absoluta de “Ondine”, uma composição original, em cinco andamentos, do pianista Luís Pipa.
A obra de Luís Pipa incluiu uma fantasia sobre duas peças de Debussy e Ravel, além de evocar a atmosfera da cidade natal de Ondina (Braga), os mistérios do Oriente, o esplendor e rudeza de África que a escritora percorreu, o seu espírito imaginativo e inconformado e, ainda, o seu regresso às origens, às memórias de infância, à lenta despedida. Destaque ainda para as sonoridades orientais trazidas por Lu Yanan, incluindo a interpretação de “Overlord disarmor”, uma peça-ícone para pi’pa que evoca a batalha entre os exércitos Chu e Han em 202 a.C. A direção artística e voz estiveram a cargo do ator António Durães.
Este espetáculo teve o apoio institucional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), da Câmara Municipal de Braga e do Instituto Confúcio. E contou com a assessoria científica e cultural dos
Os professores Isabel Cristina Mateus (UM/CEHUM) e Cândido Oliveira Martins (UCP/CEFH), estiveram presentes nesse espetáculo cultural, de entrada livre, assim como vários alunos da Universidade Católica Portuguesa - Braga.
