Utilizar o conhecimento adquirido na construção de «soluções inovadoras» que contribuam pa ra melhorar um mundo em constante mutação. Este foi um dos desejos deixado aos diplomados da Universidade Católi ca Portuguesa (UCP) de Braga pela vice-reitora da UCP, ontem, na sessão solene de entrega de di plomas aos cerca de 200 licenciados e mestres de diversos cursos do ano le tivo 2023/2024.
«A formação universitária é muito mais do que a transmissão de conhecimento técnico. É um processo transformador que instiga a curiosida de e amplia horizontes. Devem sair da universidade também como cidadãos capazes de contribuir com soluções inovadoras num mundo em constante evolução», disse Isabel Vasconcelos. Lembrando que se vivem «tempos de profunda transformação», a responsável deu nota de que «o conhecimento adquirido não é um fim em si mesmo», mas fornece «ferramentas poderosas» que permitem «questionar, construir, reinventar», bem como «moldar um futuro que reflita o humanismo e a ética» rumo a «um mundo mais justo». Como exemplos de contributos para esta formação integral proporcionada pela Católica, Isabel Vasconcelos referiu, entre outros, o «discurso de cariz identitário em todos os cursos», a aplicação de novas metodologias de aprendizagem «para um reforço da consciência cívica e ética de cada um para que necessida des externas sejam melhor percebidas pela universidade» e a realização de trabalho voluntário.
Pró-reitor lembra excelência académica e capacidade de formar líderes
O trabalho desenvolvi do pela UCP de Braga foi igualmente destacado por Paulo Dias, que esta semana tomou posse como pró-reitor da instituição, cargo até então exercido por João Duque, o qual lembrou pelo "inestimável legado" deixado.
«A UCP de Braga desta ca-se não só pela sua excelência académica e de investigação, mas também pela capacidade de formar líderes com consciência política, cívica e ambiental», disse, neste que considerou ser «um momento singular na vida da universidade», já que «celebra o esforço e de dicação» de cada um dos alunos, mas também dos docentes e colaboradores da instituição.«Este é um dos momentos altos de uma instituição de Ensi no Superior porque celebramos também a materialização dos valores e princípios que definem a identidade da UCP», disse.
Paulo Dias também não esqueceu as famílias dos estudantes neste que foi "um percurso de sacrifícios", ultrapassado com o "apoio incondicional dos familiares que acreditam no vosso potencial, que foram e serão sempre o suporte de todos os dias". «Esperamos ter estado ao nível das vossas melhores expetativas», disse.
Tal como a vice-reitora, também o pró-reitor vincou o potencial que a educação pode ter na mudança do mundo. «Este não é um processo que termina na sala de aula ou na biblioteca. É um processo contínuo ao longo da vida. Por isso, este é também um momento de continuidade. Que o que aprenderam nesta casa possa dar frutos na vossa vida pessoal e profissional», desejou, considerando os diplomados como "a esperança que a educação permanece e continua a ser o mais sólido alicerce na construção de um futuro mais próspero e equitativo».
D. José Cordeiro transmite mensagem
O Arcebispo de Braga não pôde estar presente na sessão, mas fez-se representar pelo cónego Luís Miguel Rodrigues, Avelino Lima vice-diretor da Faculda de de Teologia, que leu uma mensagem. «O diploma de curso é o símblo de um percurso, de um esforço e de um crescimento en quanto seres humanos. Significa uma etapa concluída e outra que começa, a do mundo do trabalho. Estamos sempre a aprender. Agora a missão é aliar conhecimentos técnicos ao saber prático do dia a dia. Para isso, é preciso a coragem de nos relacionarmos uns com os outros porque sozinhos nada fazemos», disse aos estudantes, salientando a responsabilidade acrescida de, enquanto profissionais formados numa universidade católica, contribuírem para «a construção de um mundo onde possa resplandecer o amor de Deus». De referir que, nos últimos 30 anos, mais de oito mil estudantes foram graduados no Centro Regional de Braga da UCP.